quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ser professor é...

Ser professor é...

Futuro,
Que exige coragem.
Sonho,
Que se constrói com conhecimento e dedicação.
Profissão,
Que requer atitude e inovação.
Opção,
Feita com amor e por paixão.
Família,
Composta de alunos e livros.
Emprego,
De respeito e superação.
Prática,
Atitude em evolução.
Projeto,
De desenvolvimento para uma boa educação.
Saber,
Fonte de aprendizagem e competência.
Interação,
Conduzida com paciência e compreensão.
Persistência,
Sopro criador de oportunidade.
Consciência,
Responsabilidade e contribuição.
Mundo,
Transcendente da razão.
Leitura,
De significados e emoção.
Condução,
Prazer que pode levar a realização.
Sabedoria,
Que concentra todas as profissões.
Letras,
P – R – O – F – E – S – S – O – R.
Uma questão de escolha!

Autor: Sandro Gomes Oliveira

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Meus Contos!!!

Viaje de um Verão (In)Consciente

Em uma bela manhã de domingo, como outra qualquer, estava eu costumeiramente a realizar minhas peripécias do final de semana, quando o telefone toca:  - trim, trim, trim; era um amigo dizendo que necessitava urgente de um bate-papo, não me fiz de rogado e fui ao seu encontro. Sentamos em baixo de uma árvore que ficava no seu quintal, aquela altura era visível uma tensão em seu rosto que contrastava com a paisagem que avistávamos, afinal era um belo dia onde o sol brilhava intensamente e as nuvens parecia haver ter se escondido, pois não havia uma sequer no céu, o firmamento era só contemplação como se estivesse a espera daquela conversa.
Meu amigo fixou o olhar, senti uma apreensão, quando em um estado de êxtase balbuciou: - fiz uma viagem! Logo retruquei, caro amigo mais qual o motivo de tamanha tensão?  Ao passo que ele respondeu-me, fazendo a seguinte descrição:
- Arrumei as malas, tranquei a porta, parti. Foi tudo muito depressa, disse-me ele. Muitas paradas, o caminho era longo. Gastei muitos sapatos, enxuguei algumas, lágrimas, outras apanhei pelo caminho, não havia valido a pena,  por isso não as podia mais deixar ali esquecidas ao chão. Meu coração nessa hora bateu forte, meu amigo falava-me de uma viagem a qual não estava compreendendo, de uma estrada que o espaço e o tempo parecia não existir, pois bem, ele prosseguiu:
- Revi amores, uma pausa, reconstruir cousas perdidas, um olhar aliviado, limpei paredes pinchadas por palavras que só se encontram nos "pequenos frascos", aquelas as quais os significados perturbam nosso organismo por parecerem eternas.
Continuou ele:
- A princípio parecia-me uma ida sem volta, mais algo dava-me a certeza que os lugares por onde passava já haviam sido habitados por mim. Sofri com o silêncio, como se as fotografias que fora tiradas e expostas naquele álbum trouxesse-me recordações dolente, mais eu quis seguir. Avistei um belo jardim, senti paz, sorri e percebi que minha viagem logo, logo, se transformaria em longa aventura de perfídia e desilusão.
Neste instante vi meu amigo parar, como se quisesse regressar, lacrimejou e deu seguimento expressando-se assim:
- Oof! ufa!
Era um suspiro de cansaço e dor, não entendia como uma simples viagem pudesse causar tanta desconforto alguém. Ouvia atentamente cada palavra, não emitia nenhum parecer, não me cabia, afinal estava ali apenas para ouvi-lo.
Seguindo seu percurso meu nobre amigo deflagrou:
- Ouvi o galo cantar, o despertador tocar, a canção errada no radio de pilha a sussurrar e a rotina diária a me esperar.
Uma sensação frustrante sondou-me naquele momento, ora, queria saber aonde ele havia chegado, provoquei-lhe pedindo que me contasse o que mais ocorrera, foi quando dei-me conta que meu amigo apenas havia sonhado, ele no mesmo instante tratou de afirmar que não era sonho e que estava mui bem acordado, então percebi que a  caminhada a qual tanto falava era real e que se tratava de uma viagem da'lma, de verões (in)consciente, de sonhos engavetados e de um passado presente.
O admirei pela coragem, dei-lhe dois tapinhas nas costas e o encorajei a continuar, pois vi nos seus olhos que as malas ora feitas no começo de sua expedição ainda continuavam prontas e que sua história convidava-o a prosseguir aquela via e que dela dependia a liberdade do cárcere de sua solidão.
Levantei, verifiquei as horas e para nosso espanto era 14h00m.             
Autor: Sandro Gomes






Coisa de Criança

Na agitada rotina daquela escola, ouve-se gritos, risadas, palavrões, tapas, empurrões. Doces meninos e meninas vão e vem. Franzinos, espertos, marcados e até solitários, no mundo por eles criado ou mesmo fantasiado em cores ou preto e branco daquele belo lugar. Quem são estes meninos? Que histórias tem apra contar? E quem há de escutá-los? Quem os ouve há de se alegrar, ou mesmo enraivar por vê as doces crianças grandes como as de cá.

Meninos, o que estão a contar, pergunto inocente sem pode imaginar que naquela roda agitada iria me espantar, por vê-los tão pequeninos não poderia imaginar que a resposta viria, e até me engasgar. Disse aquele menino que a camisinha queria usar. Dei um passo atrás, e vejam que me espantei, ouvindo aquela resposta, logo retruquei, e fazendo-me de bobo então lhes perguntei: - O que diacho é camisinha? Respondam-me que eu não sei.
Atrevido foi aquele pequenino, franzino, porém crescido, e pensem o que ele fez...?
Autor: Sandro Gomes


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Minhas Poesias

Casa de Vidro: Vida
Autor: Sandro Gomes

 

Em solo estrangeiro ela nasce
Simples, pura, límpida e até inocente
Em tons reias, a Casa de Vidro: Vida
Cresce, floresce, planta, colhe e, enfim padece.


Às vezes chora, outras ri.
Segue o percurso entre lutas de guerra e paz
De sonhos capitais
Que vida traz e que as vezes se desfaz.


Entro, mergulho, sinto medo
Nesta Casa de Vidro que se chama vida
Imagens percorrem-me o mundo subterrâneo
Lembranças que povoam pensamentos.


Olhos como espelhos
Que enganam, mentem, revelam coragem e medo
Perco-me em pensamentos ditados por alguém
Jogo de vaidades, não refletem verdades, agora eu sei.


Triste imperfeição que faz doer o coração
A Casa de Vidro: Vida é só ilusão
Paredes rabiscadas em letras vernáculas
Veem-se vidas entrelaçadas


Sonhos inativos
Desejos ardentes e insanos que refreei, sufoquei!?
Rabisquei, tranquei
No porão da Casa de Vidro os deixei.

Passados
Prefiro deixá-los impenetravéis
Apenas como saudades
Num relicário com chaves que se perdeu de mim.


Um velho olhar
Um triste adeus
Um longo fim
Na Casa de Vidro: Vida há medo em meu jardim.


A Rosa Cristalina disse adeus para mim
A Casa de Vidro: Vida agora é solidão
Parceiras inseparáveis
Donas de seu coração.


Esperança Revisitada
Autor: Sandro Gomes

Noite translúcida
Manhã sublime de raios fortes e transparentes
Sorriso de encanto sonhador
Onde te escondes que não vejo
Ah!
Lá esta tu
Tão distante e tão próximo
Oculto, claro, transeunte
Fogo intenso, chama pérfida
Fumegante
De onde viestes?
Do céu onde as estrelas estão a brilhar?
Do mar onde a profundidade chega à assustar?

Oh! verde
Que minh'alma anseia
Deserto que queres povoar
Será?
Brisa frígida
Fazes-me pulsar
Paz inquieta
Singular
Sonhos adormecidos
Tu estais a despertar
Órgão pulsante
Vivo a sangrar
De esperança que na terra árida
viestes derramar.



(RE)Construção
Autor: Sandro Gomes

Suspiro!
No horizonte
Um olhar tecido de cores
Alma inquieta
A procurar-te pela calçada


Ânsia
Solidão
Frustação
Fragilidade
Decisão


Contrários
Que despertas em mim
Desejos
De flores e de aço
Metamorfose
Essência da minha personalidade


Rouba-me
Beleza insondável
Rompe-me
A lápide do esquecimento
Toca-me
Prazer delicado


Epifania
Costurada no silêncio do coração
Chuvas torrenciais
Que embalam nossos destinos
Felicidade
Banhada de razão e sensibilidade


Retratos
Fotografias
Imagens
Lembranças
Vazios


Ausência
Deserto que o broto virou flor
Retalhos interiores

Enfeitam a varanda do sobrado
Que um dia eu VI ruir
E hoje estás a (RE)constuir.



Alma
Autor: Sandro Gomes

Teus sons invadem meu templo
Abrigo da predileção
Invólucro da existẽncia
Território prometido
Entrelaçado pela dor e pelo o amor


Solo Santo!
Ipê florido em tempo de inverno
Trilha sonora
Composta de silêncios e pausas
Estrada de sabedoria!


Lugar de proteção
De repouso
De significados
De buscas
Conjunto de felicidades!


Caminho aberto
Êxodo paradoxal
De Amor que há em nós
Tessitura dos sons que habitam 
O cosmos e o silêncio: Do Coração.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cordel

Boa noite senhoras e senhores
Prestem atenção no que agora vou lhes falar
Eu me chamo Sandro Gomes
E quero aos amigos abraçar
Quero acolher todos
que vieram nos prestigiar

Vejo nessa plateia
O que queríamos alcançar
Trouxemos para Universidade
A Comunidade que aqui está
De longe ou de perto
Todos vieram para cá

Autoridades aqui presentes
Peço licença para anunciar
A Noite Cultural do Cordel
Que acaba de começar
Com o 2º Semestre de Letras
Que chegou para bombar

Não cansem com minha delonga
Mais tenho que registrar
O Prefeito aqui presente
Com a Primeira Dama está
Que é bem gos...., desculpa seu prefeito
Que é bonita pra daná

Doutores, advogados
Artistas e empresários
Letrados e Iletrados
Estão nesse espaço sagrado
Para assistir o espetáculo
Que estou a anunciar

Termino minha saudação
Fazendo uma observação
Que Comissão do MEC
Está aqui na UNEB
Fazendo uma vistoria
Pra reconhecer nosso curso que pra nós tem tanto valia

Ah! E antes que eu me esqueça....

A todos quero apresentar
A Flor de Mandacaru
Que nesse lugar está
Ela se chama Helga Porto
E a todos a de encantar
Com seu charme e sua beleza você a de se apaixonar

Não sei se fiz um Cordel
Ou tampouco um Repente
Escrevi-o na madrugada
Para deixa-los contentes
E dito o que eu queria
Despeço-me com alegria abrindo essa cortina para começar a cantoria.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Meu olhar reflexivo sobre a UNEB!

O olhar sobre a UNEB que tenho aprendido a enxergar.


Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus Ressuscitado. Mas eles não o reconheciam, os seus olhos estavam “vendados”, o olhar daqueles discípulos estava reduzida a complicada arte de enxergar(ver), tinham visão perfeita mais nada viam diante do ressuscitado, mas subitamente ao partir do pão, “seus olhos se abriram” e o reconheceram. É a partir deste texto bíblico que pretendo relatar meu olhar sobre a UNEB.
Imaginar que há um ano atrás apenas enxergava a Universidade, assim como aqueles discípulos que conviviam com o Mestre e durante toda a convivência com ELE apenas o enxergaram, porque meus olhos eram apenas ferramentas usadas para uma função prática incapaz de admirar as belezas além muros. Era o ver em velocidade de carros que não me permitia olhar a mística do universo acadêmico, que só pode ser compreendida quando os passos do olhar tornam-se as “janelas da alma” e perdem a pressa.
Desde que cheguei aqui na Uneb tenho procurado fazer a experiência de Cristo, que era de olhar a todos e tudo nos olhos e contemplar a sacralidade secreta da vida em estruturas singelas, bem verdade que em alguns aspectos a criação que contemplo (UNEB) requer da minha parte um olhar “critico” para uma construção de sentido, assim como o olhar que procuro fitar, às vezes se perdem na imperfeição do meu órgão de sentido, decretando assim muitas vezes a morte das coisas ou das pessoas, por não ser capaz de enxergar beleza e de entender a lógica da criação.
Meu desejo nesta Universidade do Estado da Bahia, é de seguir um caminho que me leve a registrar na memória a beleza que meus olhos possam examinar e que não posso aprisionar, porque a “uneb que tinha no meio do meu caminho”, tornou-se a UNEB dos olhos que moram na caixa dos brinquedos das crianças e que se transformam em órgãos de prazer para brincar com os que veem, olhar pelo prazer de amar e fazer amor com o mundo numa breve brincadeira redentora que abracei, para suprir os vãos da minha banalidade cotidiana e transforma-la numa epifania divina.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Leitura e Literatura

                                                                                       A metodologia utilizada para ensinar Língua e Literatura precisa ser refletida, pois, todas aquelas regras de gramática e literatura, não estão correspondendo às verdadeiras necessidades educacionais dos alunos.
          A gramática tem a sua importância, porém, se complementada a outras formas de ensino como a leitura e suas interpretações em cada contexto social, ganhará mais resultados, o educando aprenderá mais e estará mais preparado para enfrentar o mundo e suas exigências.
          É necessário que o professor incentive seus alunos à leitura, mostrando-lhe as várias possibilidades de interpretação e reflexão, contribuindo para tornar o leitor mais crítico, interagindo e compreendendo o mundo a sua volta.
          A Literatura alimenta a leitura: quanto maior a dimensão cultural do leitor, melhor ele lê; quanto mais ele lê, maior sua dimensão cultural. Por isso, cabe ao professor ter a consciência da grande importância da leitura em sala de aula.
          O ensinamento de Literatura não pode mais ficar preso a regras e teorias apenas. O aluno precisa de mais espaço, liberdade e motivação, para que possam ler por prazer e não por obrigação. Valorizando a beleza da arte da Literatura, criando coisas novas e despertando em si toda carga emotiva que um texto literário traz para reflexão do próprio eu e da sociedade.
          "O professor, se não estiver encharcado da vontade de ensinar, de educar, de se doar, não conseguirá o respeito de seus alunos, de seus pares, muito menos de toda a sociedade".

                                                          Marcondes Serotini Filho

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011