segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Minhas Poesias

Casa de Vidro: Vida
Autor: Sandro Gomes

 

Em solo estrangeiro ela nasce
Simples, pura, límpida e até inocente
Em tons reias, a Casa de Vidro: Vida
Cresce, floresce, planta, colhe e, enfim padece.


Às vezes chora, outras ri.
Segue o percurso entre lutas de guerra e paz
De sonhos capitais
Que vida traz e que as vezes se desfaz.


Entro, mergulho, sinto medo
Nesta Casa de Vidro que se chama vida
Imagens percorrem-me o mundo subterrâneo
Lembranças que povoam pensamentos.


Olhos como espelhos
Que enganam, mentem, revelam coragem e medo
Perco-me em pensamentos ditados por alguém
Jogo de vaidades, não refletem verdades, agora eu sei.


Triste imperfeição que faz doer o coração
A Casa de Vidro: Vida é só ilusão
Paredes rabiscadas em letras vernáculas
Veem-se vidas entrelaçadas


Sonhos inativos
Desejos ardentes e insanos que refreei, sufoquei!?
Rabisquei, tranquei
No porão da Casa de Vidro os deixei.

Passados
Prefiro deixá-los impenetravéis
Apenas como saudades
Num relicário com chaves que se perdeu de mim.


Um velho olhar
Um triste adeus
Um longo fim
Na Casa de Vidro: Vida há medo em meu jardim.


A Rosa Cristalina disse adeus para mim
A Casa de Vidro: Vida agora é solidão
Parceiras inseparáveis
Donas de seu coração.


Esperança Revisitada
Autor: Sandro Gomes

Noite translúcida
Manhã sublime de raios fortes e transparentes
Sorriso de encanto sonhador
Onde te escondes que não vejo
Ah!
Lá esta tu
Tão distante e tão próximo
Oculto, claro, transeunte
Fogo intenso, chama pérfida
Fumegante
De onde viestes?
Do céu onde as estrelas estão a brilhar?
Do mar onde a profundidade chega à assustar?

Oh! verde
Que minh'alma anseia
Deserto que queres povoar
Será?
Brisa frígida
Fazes-me pulsar
Paz inquieta
Singular
Sonhos adormecidos
Tu estais a despertar
Órgão pulsante
Vivo a sangrar
De esperança que na terra árida
viestes derramar.



(RE)Construção
Autor: Sandro Gomes

Suspiro!
No horizonte
Um olhar tecido de cores
Alma inquieta
A procurar-te pela calçada


Ânsia
Solidão
Frustação
Fragilidade
Decisão


Contrários
Que despertas em mim
Desejos
De flores e de aço
Metamorfose
Essência da minha personalidade


Rouba-me
Beleza insondável
Rompe-me
A lápide do esquecimento
Toca-me
Prazer delicado


Epifania
Costurada no silêncio do coração
Chuvas torrenciais
Que embalam nossos destinos
Felicidade
Banhada de razão e sensibilidade


Retratos
Fotografias
Imagens
Lembranças
Vazios


Ausência
Deserto que o broto virou flor
Retalhos interiores

Enfeitam a varanda do sobrado
Que um dia eu VI ruir
E hoje estás a (RE)constuir.



Alma
Autor: Sandro Gomes

Teus sons invadem meu templo
Abrigo da predileção
Invólucro da existẽncia
Território prometido
Entrelaçado pela dor e pelo o amor


Solo Santo!
Ipê florido em tempo de inverno
Trilha sonora
Composta de silêncios e pausas
Estrada de sabedoria!


Lugar de proteção
De repouso
De significados
De buscas
Conjunto de felicidades!


Caminho aberto
Êxodo paradoxal
De Amor que há em nós
Tessitura dos sons que habitam 
O cosmos e o silêncio: Do Coração.



2 comentários:

  1. Sandro, parabéns pelos belos poemas e as inspiradoras poesias!

    Taciano Sousa Nascimento

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  2. Com uma delicadeza você transpôs palavras encantadores, sou suspeita pra falar pois simplesmente amo, poesias que contenham AMOR... E em cada palavra sua é deixado no subconsciente do leitor um sentimento agradável... Só o que tenho é falar é q vc tá de parabéns e que mande um pouco de inspiração pra mim... bjinhos!

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